terça-feira, 1 de julho de 2014

Resenha: Cidades de papel - John Green

Cidades de papel - John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Ano: 2013
"Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia."


Cidades de papel, na minha opinião, é o melhor livro do John Green. Quentin e Margo tiveram uma grande amizade na infância, agora o único sentimento entre os dois é a paixão platônica do garoto. Margo parece ter a vida perfeita, amigos, namorados, uma casa bonita. Até que uma bela noite, a garota aparece no quarto de Quentin pedindo as chaves de seu carro e o colocando em uma aventura vingativa. Logo depois, Margo simplesmente some e dessa vez não volta - ela já fez isso outras vezes mas não demorava muito pra voltar.
Quentin descobre, então, que a garota deixou pistas para ser encontrada, é assim que Quentin e seus amigos vivem uma aventura e vão atras de Margo Roth Spielgeman.
O livro é muito engraçado e arrancou muitas risadas minhas, além de suspiros com as metáforas e a alegria do final mais bonito e realista. Os personagens seguem o padrão John Green, mas não deixam de ser diferentes e surpreendentes. Margo me irritou em algumas partes do livro (principalmente no começo), não gosto muito de sua personagem (principalmente no começo, de novo), na verdade, embora a primeira parte seja sensacional, amei a segunda parte também. Mas o Quentin faz o livro todo valer a pena.

"Se eu surtasse toda vez que uma coisa ruim acontecesse no mundo, ia acabar completamente pirado."

Antes que eu me esqueça, o livro é dividido em "três partes", o início, a primeira parte (com Margo e Quentin) e a segunda parte (As pistas e a busca). 
O início nos da uma ideia maior da amizade de infância entre Q. e M.
A primeira parte rende várias risadas - e alguns suspiros - e confesso que não consegui fazer uma pausa na leitura até a terminar.

"Isso sempre me pareceu tão ridículo, que as pessoas pudessem querer ficar com alguém só por causa da beleza. É como escolher o cereal de manhã pela cor, e não pelo sabor."

A segunda parte de faz rir ainda mais e imaginar a cena, te faz querer estar ali, entre eles. As pausas cronometradas são as melhores (entendedores entenderão).
Amo as metáforas usadas pelo autor e a maneira como ele transmite mensagens incríveis com tanta simplicidade e talento (Amo principalmente a metáfora da cidade de papel). Além disso, as pistas são bem diferentes e criativas (e fazem sentido!), isso foi extremamente inteligente.

“É tão fácil se esquecer de como o mundo é cheio de pessoas, lotado, e cada uma delas é imaginável e sistematicamente mal interpretadas.”

Muitos dizem que a segunda parte é meio arrastada, demorada de ler, mas eu digo exatamente o contrário, o livro inteiro pode ser lido em apenas um dia, devorado rapidamente.
A maioria também não gosta do final, mas essa é uma das melhores partes do livro, porque é realista, não é algo distante que você pensa "maravilhoso, mas não aconteceria de verdade".
Recomendo a todos. Um livro para rir, pensar, suspirar e se divertir a cada página.

6 comentários

  1. Eu já li esse livro e foi o que eu menos gostei, sei lá, achei bacana algumas partes, mas o livro foi bem chatinho para ler, para mim não é nem de longe o melhor livro do John, talvez o pior D; kkkk

    Beijos :*
    Larissa - http://srtabookaholic.blogspot.com.br

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    1. Jura?? Eu amo esse livro demais! Mas conheço gente que também teve a mesma opinião que você!
      Beijos,
      Bia

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  2. Olá,
    Li esse livro e, de todos que li dele até agora, Teorema Katherine ganha em favoritismo. Eu me vi muito nesse livro e é isso rsrs.
    Em alguns momentos, me peguei com ódio da Margo, mas eu adorei cada pedaço do livro e como o John fez aquilo ser real, isso realmente pode acontecer e ponto. Isso é fantástico.
    Adorei a sua resenha e suas frases cortadas rs.
    Beijos,
    http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br

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    1. As vezes senti que a Margo fazia muito drama em tampinha de garrafa, sabe? Mas eu gostei do realismo, amei!
      Muito obrigada,
      Beijos,
      Bia

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  3. Oie, adorei sua resenha e me senti exatamente assim quando li este livro. Ganhei de um ex namorado e achei que a leitura seria chata, pesada, maçante... Julguei pela capa (me julguem kkkkk)
    Mas logo nas primeiras páginas me apeguei e não larguei até terminar! Kkkkk
    Maaaas, logo depois li O teorema Katherine e por esse sim eu me apaixonei <3
    Bjs
    http://encantodabagunca.blogspot.com.br/

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    1. Eu ganhei da minha melhor amiga hahaha achei que seria legal, mas não tanto quanto foi realmente, me surpreendeu muito!!
      Beijos,
      Bia
      http://vivendonoinfinito.blogspot.com.br/

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