segunda-feira, 28 de julho de 2014

Resenha: Convergente - Veronica Rooth


Convergente - Veronica Rooth
Editora: Rocco
Páginas: 526
Ano: 2014

ISBN: 9788579801860
"A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor. Livro mais vendido pela Amazon no segmento infantojuvenil em 2013, Convergente chega ao Brasil em meio à expectativa pela estreia de Divergente nos cinemas, em abril. A série segue no topo na lista de bestsellers do The New York Times."


Nada mais justo do que começar essa resenha contando a história de como Divergente se tornou a minha série preferida ever e porque o final me fez chorar tanto.. (não, não vou contar o final, não se desespere).

Quando voltei a ler de verdade me prendi a apenas um gênero: thriller psicológico (ainda é um dos meus preferidos), o problema é que nunca dei chance pra outro livro que fugisse muito disso. Quando perguntaram se eu queria ganhar "Jogos vorazes", eu disse não (sim, eu disse não, eis que tenho raiva de mim mesma por isso até hoje, e não consegui ler nenhum ainda) por achar que seria estilo aventura, aventura, aventura, por não conhecer o universo da distopia. Estou contando isso porque foi exatamente o que aconteceu com Divergente, mas decidi fechar os olhos, comprar e dar uma chance. E foi amor a primeira vista, terminei o livro todo em no máximo três dias, e assim foi com a série toda. Acabei me apegando muito aos personagens, ao livro e fiquei acho que dias tentando superar o final da série e de convergente. Aquela sensação de que falta alguma coisa quando sua série acaba (leitores entenderão haha).
Sem mais enrolação.. Vamos a resenha: (atenção: pode conter spoilers)


Em Convergente, grande parte dos mistérios do governo foram resolvidos, o único mistério que ainda ronda a cabeça de ambos, depois do final chocante de Insurgente, é: o que há depois da cerca? Então, todos partem nessa missão, e descobrem tudo, descobrem que tudo é maior do que eles pensavam e começam a duvidar dos conceitos formados anteriormente, já não sabem mais no que acreditar, em quem confiar.

"Não é todo dia que nos deparamos com a verdadeira pessoa por trás de uma máscara simpática, seu lado mais sombrio. Não é confortável quando isso acontece."

O livro é interessante do início ao fim, enquanto Divergente nos apresenta o universo da distopia, Convergente nos faz ficar de boca aberta ao descobrir, realmente, toda a verdade. Várias mortes acontecem nesse livro (R.I.P :( ), mortes que prefiro nem comentar por motivos de ai meu coração :(
Gostei bastante de ver o crescimento da Tris do início ao fim do livro, ver ela questionar os fundamentos da audácia e da abnegação e a conclusão de que - tragam essa analogia para a realidade - todo mundo tem um pouco de cada facção dentro de si, ela não é nada do que foi intitulada, nem mesmo divergente, ela apenas é ela, assim como todos nós.

""Não pertenço à Abnegação ou à Audácia, nem mesmo aos Divergentes. Não pertenço ao Departamento, ao experimento ou à margem. Pertenço às pessoas que amo, e elas pertencem a mim. Elas, junto com o amor e a lealdade que eu lhes ofereço, formam a minha identidade muito mais do que qualquer palavra ou grupo jamais formará."

Amei o fato do livro sem dividido entre Tris e Four, assim pude conhecer um pouco mais do pensamento do garoto, seus sentimentos e o mundo em que vive. Podemos também ver as consequências dos atos de Tris ou de Tobias na visão do outro. Isso foi bem interessante e simplesmente amei. 
O lado ruim é que essa mudança repentina de narração teve um motivo que não posso contar mas, ai, é de cortar o coração.

""Existem tantas maneiras de ser corajoso neste mundo. Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida por algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes, significa abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior."

Devo dizer que amo a Christina, principalmente em Convergente e Insurgente, como ela perdoou Tris pelo que fez, a força de vontade da personagem, suas piadas, os diálogos. 

"- É por isso que abandonei a nossa facção - fala Christina. - Ser honesto não significa falar o que quer na hora que quer. Só significa que o que você escolhe falar será verdade."

Meu personagem masculino preferido de todos os tempos com certeza é o Uriah - ah, Uriah - em toda a parte do livro o vi como o protetor, aquele cara perfeito que você quer do seu lado pra sempre, como um melhor-amigo, um irmão?! acho que isso é o que o define melhor. 

“Nossa habilidade de aprender sobre nós mesmos e sobre o mundo é o que nos torna humanos.”

O final de Convergente me fez chorar horrores, mas devo dizer que realmente fez sentido e foi muito inteligente. Acho que não haveria maneira melhor pior de terminar o livro do que dessa maneira. 
Recomendo a série inteira para todos - e se você não gosta do gênero, como eu não gostava, dê uma chance.

2 comentários

  1. Jura que você chorou? hahaha aw é horrível um final daqueles, ainda mais quando gostamos tanto do personagem. mas né, convenhamos que ninguém é de ferro, e no fundo eu já esperava por aquilo.
    Concordo com você, foi bom conhecer o pensamento do Tobias, mas ao mesmo tempo me deu raiva, ás vezes dava vontade de dar uns tapas nele, viu kkk e o Uriah é um fofo mesmo, mas meu personagem favorito seempre foi e sempre será o Peter. Eu tenho uma tendência a gostar dos mals, fazer o que :( hahaha e pelo menos ele evoluiu bastante também, poxa

    xx Carol
    caverna-literaria.blogspot.com.br

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    1. Chorei, comecei a gritar "não, não, não" mesmo já sabendo do final!! Também gosto do Peter, sou suspeita pra falar! HAHAHAH
      Beijos,
      Bia

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